Perda involuntária da urina em situações normais do dia a dia, como ao espirrar, por exemplo, pode afetar pessoas de todas as idades e de ambos os sexos
Incontinência Urinária de Esforço (IUE) é a perda involuntária da urina pela uretra em situações normais do dia-a-dia, como ao tossir, espirrar, rir ou ao fazer esforço físico, como levantar peso, por exemplo. O distúrbio pode acontecer com pessoas de todas as idades e de ambos os sexos, embora seja mais frequente em mulheres.
A condição é a mais comum entre os vários tipos de incontinência urinária e, geralmente, está ligada ao enfraquecimento das estruturas musculares que atuam com a função de conter e controlar a saída de urina.
“Todas as situações que levam ao aumento excessivo da pressão intra-abdominal e a perda da saúde dos músculos e ligamentos do assoalho pélvico constituem fator de risco para a incontinência urinária de esforço”, explica o ginecologista e obstetra Flávio Fortunato, credenciado ao plano MT Saúde pela Clínica Vida e Diagnóstico, em Várzea Grande.
A maioria das pessoas que passam por essa situação evita interagir com outras, pois teme que um escape de urina possa acontecer em público, ressalta o médico.
“Infelizmente, a IUE compromete muito a qualidade de vida dos pacientes, seu bem-estar físico, emocional, mental e seu convívio social. Por temerem um ‘acidente’, acabam se isolando socialmente ou deixando de aproveitar momentos com os amigos e a família”.
Fatores de risco
A obesidade e a idade avançada são consideradas fatores de risco da IUE. O envelhecimento dos tecidos de sustentação da uretra, somado à chegada da menopausa e a perda do colágeno aumentam as chances de desenvolvimento do distúrbio.
Passar por um trabalho de parto prolongado ou um parto vaginal difícil pelo tamanho e posição do bebê, também são avaliados como fatores de risco pelo especialista.
A incontinência urinária de esforço pode acometer, inclusive, mulheres que passaram por parto cesárea, visto que o peso do bebê sobre o assoalho pélvico também traz riscos de danos às estruturas de suporte do corpo feminino.
Tratamento
Praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico são medidas que podem ser úteis, tanto no tratamento quanto na prevenção da incontinência urinária.
Em alguns casos o tratamento é basicamente cirúrgico, mas vale ressaltar que a escolha da abordagem terapêutica mais adequada depende da análise minuciosa da história clínica do paciente. Por isso, a recomendação é sempre procurar um médico para o diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária apresentada.
Autor: Assessoria | MT Saúde