Os problemas respiratórios têm se tornado uma preocupação crescente entre os brasileiros. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2019 e 2023, o país registrou 12.195 mortes provocadas pela asma — uma doença crônica que, apesar de comum, ainda é subestimada por grande parte da população.
Sabendo disso, o Mato Grosso Saúde reforça a importância de buscar acompanhamento médico regular. A pneumologista Mariane Foss lembra que a data serve como alerta para os riscos da doença e a necessidade de um cuidado contínuo com a saúde respiratória.
“A cada 5 pessoas que você conhece, 1 tem asma. E lembrar que é uma doença que tem tratamento, e que os pacientes asmáticos precisam ser acompanhados por um especialista”, destaca a médica.
Segundo ela, um dos principais obstáculos no combate à asma é a desinformação. Muitas pessoas acreditam que a doença afeta apenas crianças, quando, na verdade, pode surgir em qualquer fase da vida.
“Outra questão que noto no dia a dia é que muitos pacientes passam anos com sintomas, buscando apenas pronto-atendimentos, sem procurar um especialista, e acreditando que têm quadros infecciosos de repetição, como pneumonias, gripes e resfriados, pois alguns sintomas são semelhantes”, explica Foss.
Tosse persistente por mais de três semanas, chiado no peito, cansaço para respirar e dor torácica são sinais de alerta. Nessas situações, a médica recomenda que a pessoa procure um pneumologista para avaliação adequada.
“Diversos fatores podem ser gatilhos para piora da doença, como contato com alérgenos, mudanças climáticas, quadros infecciosos, algumas medicações, outras doenças não controladas, como a doença do refluxo gastroesofágico e rinite, estresse, exercício físico, dentre outros”, detalha a especialista.
Quando não tratada de forma adequada, a asma pode comprometer seriamente a qualidade de vida, gerando crises frequentes, idas constantes ao pronto-socorro e, em casos graves, risco de morte. Mariane alerta que o impacto também se estende à esfera coletiva.
“Além das consequências individuais, se torna um problema de saúde pública, e gera muitas faltas escolares e no trabalho também”, afirma.
O tratamento, segundo a pneumologista, precisa ser personalizado. Cada paciente tem uma trajetória e deve ser avaliado individualmente, durante a consulta com o especialista.
“De forma genérica, o paciente deve identificar quais são os seus gatilhos para piora da doença e evitá-los. Além de fazer uso adequado das medicações e adotar um estilo de vida saudável”, orienta a médica.