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29 JUN 2025
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De menino assustado a símbolo de esperança: jovem vence a leucemia após 8 anos de tratamento
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João Pedro, diagnosticado ainda criança, após insistência da família por um exame de punção, encerrou a batalha contra o câncer em 2025 e hoje inspira outras pessoas com sua história de superação.
“Uma semana depois, infelizmente chegou a notícia que eu estava com leucemia”, lembra João Pedro de Barros Rondon, hoje com 16 anos. Ele foi diagnosticado com leucemia aos 8 anos, após uma longa jornada entre consultas, exames e diagnósticos errados. Neste Junho Laranja, mês de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce de doenças hematológicas como a leucemia e a anemia, o Mato Grosso Saúde destaca uma história de superação que emociona e inspira.

Tudo começou de forma sutil. João apresentava uma imunidade extremamente baixa — comparável à de um recém-nascido. A cada nova consulta, surgiam hipóteses diferentes: chikungunya, virose, dengue. Nenhum diagnóstico se confirmava.

"Foi assustador de começo! Tudo começou com uma consulta. Aí depois a gente viu que minha imunidade estava muito baixa, parecia de um recém-nascido. Fui fazendo teste após teste, ia para um médico, ia para outro. Um médico falava que era chikungunya, outro que era virose, mas nenhum acertava o que realmente era. Até que um amigo da família falou para fazer o exame da punção da medula", contou João.

A sugestão mudou tudo. Apesar da resistência inicial de uma médica, que considerou o procedimento desnecessário, a insistência da família garantiu a realização do exame. A primeira punção, feita em Cuiabá, não apontou a leucemia. Todos celebraram. Porém, uma segunda análise, enviada para São Paulo, confirmou a doença dias depois. O impacto da notícia foi profundo.

“Para mim, era só mais uma ida ao hospital, como sempre acontecia nos finais de semana. Mas lembro bem: era a sala três, do doutor George. Quando ele começou a explicar que eu estava com câncer, fiquei assustado. Já sabia mais ou menos o que era. Abracei minha mãe e ela começou a chorar”, contou João, ao recordar do medo da morte que acompanhou ele durante todo o início do tratamento.

"Uma coisa, para mim, como criança, foi muito assustadora. Pensar: ‘pô, posso morrer’. Isso foi o que passou pela minha cabeça durante muito tempo do tratamento", lembrou ele, mas afirmou também que, com o tempo, o ambiente hospitalar, o apoio psicológico e a convivência com outras crianças em tratamento trouxeram não apenas força, mas também esperança.

"Eu pensei que ia morrer mesmo. Mas depois do primeiro momento de choque, eu vi que tinham outras crianças, pessoas que tinham conseguido superar, e isso me deu esperança. O medo não passou, mas consegui ficar mais calmo com a ajuda das psicólogas, do hospital e do Espaço Família", explica o ex-paciente oncológico.

João também lembra com clareza da fase mais difícil: as sessões de quimioterapia. O tratamento era tão agressivo que qualquer pequena infecção se tornava um risco grave. “A quimioterapia nem foi tão complicada, porque eu fazia a sessão e, depois de algumas horas, já me sentia um pouco melhor. Mas o mais angustiante era vir aqui e ver que meus amigos, que estavam vivos uma semana antes, não estavam mais. Isso doía muito.”

Esse foi, para ele, o momento mais doloroso: a ausência dos amigos com quem dividia o tratamento. Mesmo assim, João seguiu firme. Em 2025, aos 16 anos, após quase 8 anos de sessões, internações e cuidados, tocou o sino da cura no Hospital de Câncer de Mato Grosso. Lembrar desse dia ainda o emociona.

"Foi um momento emocionante. Chorei! Foi lindo. A gente colocou atrás no para-brisa do carro: 'buzinem, eu venci o câncer'. Fomos do Hospital do Câncer até o Shopping Pantanal, e um monte de gente dizia: 'Nossa, que bom!'. Aqui mesmo no hospital, quando eu bati o sino da vitória, muita gente veio me abraçar dizendo: 'eu vou conseguir também, você me deu esperança'. Como as outras pessoas me deram esperança no início, eu consegui dar para os outros também", afirmou ele.

Hoje, vivendo plenamente a adolescência, o jovem enxerga o mundo com outros olhos. Diz ter encontrado um propósito. "Eu posso ver que o mundo tem alguma coisa para a gente. Deus nos deu uma missão. Se eu consegui vencer, se consegui mostrar para as pessoas que o câncer tem cura, então acho que esse é o meu propósito. Todas as pessoas têm um, e o meu foi esse."

No Junho Laranja, a história de João Pedro serve como alerta para a importância da insistência diante de sintomas persistentes e também como mensagem de fé para quem enfrenta o câncer.

"Que vocês tenham esperança. Eu sei que é difícil, é complicado, é doído. Às vezes não é nem com você, é com um familiar. Mas tudo passa. Pode não acontecer da melhor forma, mas tudo passa. Tem cura. A leucemia, o câncer de mama, o de próstata… Todos têm cura. E vai dar certo", finalizou ele cheio de esperar de viver.

Por isso, nesse momento de conscientização sobre o câncer, é crucial buscar ajuda médica se você apresentar qualquer sintoma de anemia ou leucemia. A data é uma campanha de conscientização sobre essas doenças do sangue, visando alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
Autor: Marcelo Fin
Local: MT Saúde
Seta
Versão do Sistema: 3.4.3 - 10/03/2025
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