A convivência com o Lúpus é uma jornada de superações e desafios diários. O Lúpus Eritematoso Cutâneo e Sistêmico, mais conhecido como “Lúpus” é uma doença inflamatória crônica, de causa desconhecida e de natureza autoimune. Essa patologia é conhecida como a "doença de mil faces", exatamente pelo fato de existirem inúmeros e diversos sintomas que podem variar de pessoa para pessoa.
A pessoa com lúpus possui diversas complicações em nível biológico, cognitivo, social e psicológico; apresentando evolução crônica caracterizada por períodos de remissões e de atividade, como lesões de pele, dores articulares e problemas psicossociais, dentre os quais se salientam a repercussão psicológica, o peso físico da doença e da sua gravidade, e o impacto nas tarefas do dia a dia.
A doença acomete crianças e adultos. Os sintomas, variam do grau e tempo da doença, e podem ser facilmente confundidos com outros tipos de doenças. O principal sintoma é a sensibilidade à luz ultravioleta, perda de cabelo, fadiga excessiva, dores nas articulações, lesões vasculares e do sistema nervoso central podem causar convulsões, depressão, psicoses, embolia pulmonar e dor de cabeça.
Nas gestantes portadoras do lúpus, as complicações que podem surgir são diversas como baixo peso do bebê, nascimento prematuro, pré-eclâmpsia, desbloqueio de problemas com o coração e o aborto. Para que a gestação ocorra de forma mais tranquila, o ideal é que a paciente esteja fazendo o acompanhamento com o médico reumatologista corretamente e que a doença esteja sob controle.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do lúpus é um processo complexo que envolve uma avaliação minuciosa, considerando uma variedade de sintomas e critérios clínicos. O diagnóstico segue os critérios estabelecidos pelo Colégio Americano de Reumatologia.
Os tratamentos para doenças auto imunológicas envolvem em sua maioria imunossupressão generalizada para reduzir a resposta imunológica. O tratamento irá depender do tipo de manifestação presente no individuo, se esta é leve, moderada ou grave. Os sintomas mais leves podem ser tratados com analgésicos ou doses baixas de corticoides.
A alimentação é uma ferramenta extremamente importante e que deve ser utilizada a favor do fortalecimento e do controle dos sintomas, com uma boa rotina fazendo uso de componentes como o ômega 3, derivado de peixes, linhaça e chia, o uso do chá verde, agregar verduras e legumes ricos em propriedades anti-inflamatórias como alfalfa, cebola, brócolis, alho e dentre outros são fontes de vitalidade. Um dos alimentos que precisam ser totalmente evitados é o glúten, pois é um item que pode gerar inflamação em alguns organismos e aumento do colesterol.
Em 2023, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, sancionou a Lei n.º 12.320, de autoria do deputado Sebastião Rezende, instituindo o Programa Estadual de Conscientização e Orientação sobre o Lúpus Eritematoso Cutâneo e Sistêmico em Mato Grosso. A lei promove a criação do programa, visando ações integradas entre Estado e município, abrangendo campanhas de divulgação, coleta de dados, e parcerias para enfrentar o Lúpus Eritematoso Cutâneo e Sistêmico.